A CBF alega que um acordo já esta feito com o treinador Carlo Ancelotti e garante que o italiano irá assumir a Seleção Brasileira a partir da Copa América de 2024.
Nada está oficializado ou assinado, mas o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, já trata do tema como algo resolvido.
Para treinar a seleção até lá, a CBF colocou Fernando Diniz. Um treinador com uma visão de futebol antagônica a de Ancelotti.
E para piorar, como se estivéssemos ainda nos anos oitenta, o técnico continuará comandando o Fluminense enquanto assume a Seleção durante 8 jogos.
No entanto, apesar da palavra do presidente Ednaldo, não podemos esquecer que Ancelotti é treinador do maior clube do mundo.
Normalmente, um clube que tem este status, consegue oferecer coisas que outros (muito menos a CBF) não conseguem.
Digamos que Ancelotti inicie a temporada com o Real Madrid voando e chegue no meio do ano que vem disputando o título da La Liga e também da UEFA Champions League (um cenário bastante provável).
Será mesmo que o presidente do clube merengue não poderia fazer de tudo para manter Ancelotti por pelo menos mais uma temporada? O próprio Marca (um dos principais jornais da Espanha) já apontou que existe essa possibilidade.
Enquanto a CBF brinca com o torcedor brasileiro, pode ser que Ancelotti também brinque com a CBF. Contudo, a entidade também sabe que este cenário é possível, por isto contratou Fernando Diniz.
Diniz pode servir tanto como um profissional de transição (como muitos dizem), quanto um técnico definitivo (em caso de Ancelotti voltar atrás na sua decisão).
A escolha da CBF por Diniz confirma a incompetência da entidade na negociação com Ancelotti e o receio que ela tem de algo mudar.
O torcedor não é bobo. Para quem acompanha futebol, sabe que o 'dinizismo' de nada tem a ver com o estilo de jogo de Ancelotti. Como se prepara um terreno para plantar uma semente que só sobrevive em outro tipo de solo?
Talvez a CBF saiba a resposta...