É fato que Sampaoli não escalou a equipe principal para o último confronto pelo Brasileirão. No entanto, o elenco que iniciou a partida contra o Cuiabá está longe de ser uma 'equipe fraca'.
Para se ter uma noção, dos onze que saíram jogando no último domingo, apenas Matheus Cunha e Victor Hugo nunca atuaram no futebol europeu. Ou seja, apesar de reserva, é uma equipe experiente.
Porém, esta 'equipe experiente' nem sequer deu trabalho para o goleiro do Cuiabá. Pouco criativa no meio de campo, sem efetividade no campo de ataque e com falta de intensidade no setor defensivo, o Rubro-Negro passou mais um vexame. A derrota de 3 a 0 comprovou novamente que o Flamengo 'só joga quando quer', mas será que esta estratégia surtirá efeito no próximo jogo da Libertadores?
A equipe de Sampaoli enfrentará o Olimpia, do Paraguai, fora de casa, no jogo que decidirá a vaga para as quartas de final da competição continental. A primeira partida foi disputada no Maracanã e terminou com uma vitória magra do Rubro-Negro por apenas 1 a 0.
Uma vez que o Flamengo prorizará a Libertadores e irá a campo com o time titular, a classificação está quase garantida, correto?
Não. A inconstância e a falta de regularidade da equipe carioca não é exclusiva do Brasileirão. Apesar de estar na semifinal da Copa do Brasil e nas oitavas da Libertadores, em ambas as competições, o Flamengo fez pelo menos alguma partida irreconhecível e vergonhosa (que quase custou a sua classificação).
Pela Copa do Brasil, perdeu de 2 a 0 para o Maringá, mas acabou revertendo o placar no segundo jogo. E pela Liberta, perdeu para o Aucas na sua estreia e terminou apenas na segunda colocação do seu grupo, atrás do Racing.
Por isso, engana quem pensa que priorizar uma competição é a receita de sucesso para o Flamengo. O elenco mais caro do Brasil e da América Latina precisa ser regular em todas as competições (algo que não está acontecendo). Assim, não se surpreenda caso este Flamengo passe mais um vexame na partida de quinta-feira contra o Olimpia.