Neymar teve o joelho operado recentemente e deve ficar cerca de 6 a 8 meses fora dos gramados. Ainda não se sabe se o camisa 10 da Seleção Brasileira irá se recuperar a tempo de disputar a Copa América em junho de 2024, nos Estados Unidos.

Enquanto o período de recuperação de Neymar decorrer, a Seleção Brasileira terá alguns compromissos pela frente, tanto pelas Eliminatórias, quanto amistosos, para preparar uma equipe ideal para a disputa do torneio. Sabe-se, no entanto, que o atual técnico Fernando Diniz não deve comandar a equipe durante a competição, e sim Carlo Ancelotti, que deve assumir dias antes da Copa América. Porém, é evidente que o treinador italiano irá manter alguma base que Diniz construiu durante o seu trabalho.

Levando este fator em conta e a última convocação da Seleção Brasileira com Endrick na lista, é provável que na altura em que Neymar voltar à Seleção, não haja mais espaço para ele na equipe titular. Caso isto realmente aconteça, será que o treinador que estiver no comando terá a coragem de barrar Neymar?

Neymar terá espaço no time?

Imaginando um cenário em que o trio de ataque da Seleção Brasileira passe a ser composto pelos três jogadores do Real Madrid: Endrick, Vini Jr. e Rodrygo. Sendo eles, atletas que estarão atuando no futebol de mais alto nível e no clube em que mais disputa títulos no mundo, enquanto Neymar estará voltando de uma série de lesões, jogando no fraco Campeonato Saudita e com um histórico recente - antes da lesão - de baixíssima performance. Um jogador sem competitividade - e que joga mais para si do que para equipe - no meio de três atacantes fortes, técnicos, rápidos, táticos e que jogarão na mesma equipe.

Fernando Diniz não pode dar preferência à Neymar quando ele retornar à Seleção. Muito menos Ancelotti, que tem uma maior experiência para conseguir colocar o camisa 10 nos trilhos. O fato é, que a Seleção Brasileira em breve contará com atletas muito promissores e com um enorme talento. O Brasil não precisa mais depender de Neymar; é ele quem tem que se esforçar para provar que merece uma vaga na Seleção quando retornar. Caso contrário, se a mesma história de sempre acontecer e a cadeira cativa de Neymar se manter, sua volta precoce pode atrapalhar - e muito -, à nível técnico, físico e psicológico, o desenvolvimento de um ataque da Seleção que tem tudo para dar certo.