Endrick se despediu do Palmeiras nesta quinta-feira (30), em partida válida pela última rodada da fase de grupos da Libertadores, contra o San Lorenzo, que terminou em um empate sem gols. Em pleno Allianz Parque, o garoto de 17 anos teve a oportunidade de dizer 'tchau' (ou um 'até logo') para a torcida alviverde - que tanto o ama e admira. O atacante deve se apresentar à Seleção Brasileira nos próximos dias, para a disputa da Copa América. E logo na sequência, voa para a Espanha, onde será apresentado pelo 'todo poderoso' Real Madrid.
Sua passagem pelo Verdão durou quase dois anos. E convenhamos, foi brilhante. Apesar de alguns momentos de irregularidade no início da sua trajetória como profissional, Endrick foi essencial em quase todas as últimas conquistas do Palmeiras. Mesmo antes de completar 18 anos, o atacante deixa o Alviverde com cinco troféus no colo, mais 21 gols anotados.
Mas além das conquistas coletivas e individuais, o maior legado de Endrick é outro. Há muito tempo não se via um garoto com tanto potencial e adorado por todo o povo brasileiro. Além do seu talento e garra dentro de campo, seu respeito e carisma transbordaram pelo território brasileiro. Em todos estádios ao redor do país, ao longo do Campeonato Brasileiro, presenciamos milhares de torcedores adversários pedindo uma foto ou autógrafo do jogador - pedido cumprido sempre por parte do atleta.
Endrick se tornou ídolo - daqueles que já não tínhamos há um bom tempo. E o mais surpreendente, é a atitude consciente que o jovem tem em relação ao seu status. Seguro e ciente da sua vocação e responsabilidade, seu corpo reproduz o que há de mais alegre em campo, e sua postura faz nos remeter às principais figuras esportivas que o Brasil já teve. Cada passo, cada gesto, cada gol, faz com que sua imagem de ídolo fique cada vez mais visível aos olhos, principalmente, das crianças apaixonadas pelo futebol no país.
Independente do que acontecerá no futuro da carreira de Endrick, a marca que ele deixa através da sua passagem no futebol brasileiro, ficará para sempre. E não só para a torcida palmeirense, e sim para todo o Brasil. Como esquecer daquela imagem de um garoto de 17 anos pegando a bola no braço, chamando seu time, e comandando uma das maiores viradas que esse esporte já viu, no jogo entre Botafogo e Palmeiras? Como esquecer dos seus primeiros gols pela Seleção Brasileira (quando ainda era jogador do Palmeiras) em pleno Wembley e Santiago Bernabéu, contra Inglaterra e Espanha?
O Brasil não esquecerá de Endrick, e certamente Endrick levará o Brasil (e o Palmeiras) para onde for. Voa, garoto!
