Em jogo válido pelos playoffs da Copa Sul-Americana, o Botafogo venceu o Patronato, da Argentina, por 2 a 0. Carlos Alberto e Janderson marcaram os gols do confronto, abrindo uma boa vantagem para a classificação.
Além disso, partida marcou a despedida do técnico interino, Cláudio Caçapa, que comandou o Glorioso durante três partidas após a saída de Luis Castro, e agora deve retornar ao Lyon.
Caçapa saiu vitorioso nos três jogos em que comandou, sendo que em todos, venceu por 2 a 0. Bruno Lage assistiu ao jogo da Sul-Americana e acompanhou a boa apresentação do time carioca. O português assume o elenco a partir do próximo jogo do Brasileirão, no sábado, contra o RB Bragantino.
Caçapa preparou o terreno
Quando a saída de Luis Castro para o Al Nassr, da Arábia Saudita, foi anunciada, muitos questionavam como o elenco do Botafogo iria reagir com a ausência do treinador, no restante das competições.
Dessa forma, para o cargo de interino, o dono do clube, John Textor, trouxe o auxiliar técnico do Lyon (clube ao qual também é dono).
Cláudio Caçapa chegou ao Rio de Janeiro em meio a uma semana de clássico. Com poucos dias de trabalho, o treinador interino encarou o Vasco pelo Brasileirão e fez apenas uma substituição comparado com o time que havia entrado em campo na rodada anterior contra o Palmeiras. Luis Henrique jogou no lugar de Victor Sá.
Em relação ao esquema tático, Caçapa pouco mexeu. Ou seja, o treinador teve a sensibilidade de perceber que aquela equipe formada por Luis Castro, já estava estruturada, e que as alterações possíveis, seriam através de uma perspectiva individual e não coletiva.
Assim, o técnico interino vindo do Lyon, manteve as mesmas virtudes apresentadas antes de sua chegada. Uma defesa sólida, com jogo compacto e de muita marcação. Um ataque agressivo pelas extremidades e com muita objetividade no momento de decisão, foram algumas delas.
Como resultado, as três últimas vitórias do Botafogo, todas pelo mesmo placar (2 a 0), demonstrou que Caçapa conseguiu manter o principal mérito do Glorioso durante a temporada: a regularidade.
Bruno Lage, que agora assume o comando deve levar em conta todos estes aspectos ao começar a dirigir o time. Impor o seu 'estilo de jogo', descartando tudo que o Botafogo já construiu durante este ano, não será a escolha mais apropriada para o atual contexto.
Caçapa preparou o terreno e mostrou o melhor caminho, resta saber se Bruno Lage irá seguí-lo.