Corinthians pode ser punido

Durante o clássico entre Corinthians e São Paulo, que terminou 1 a 1 pelo Brasileirão, realizado no último domingo (14) na Neo Química Arena, parte da torcida do Timão presente no estádio, proferiu cantos homofóbicos contra os jogadores são paulinos.

O jogo foi paralisado pelo árbitro Bruno Arleu de Araújo, até que parassem as ofensas. No telão do estádio, também foram exibidas mensagens de proibição de manifestações preconceituosas.

Na súmula da partida, o árbitro relatou a sua decisão de interromper o jogo por cerca de cinco minutos ao ouvir os cantos homofóbicos proferidos por parte da torcida do Corinthians.

O jornal LANCE! confirmou hoje que a CBF, entidade máxima do futebol brasileiro, vai encaminhar ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) a súmula da partida. A Comissão de Ética da entidade também investigará o ocorrido.

O Corinthians pode vir a sofrer algumas punições dependendo do andamento do caso. A CBF prevê quatro tipos de punições para casos como este, de homofobia em uma partida de futebol. Sendo elas: uma advertência, multa de até 500 mil reais, com o valor a ser revertido em prol de causas sociais, impedimento de registro e transferências de atletas e até mesmo perda de pontos.

As punições do STJD também são rigorosas e prevê que para atletas ou integrantes do clube, que praticarem tais ações, a entidade estabelece suspensão de cinco a dez partidas. Para pessoas não envolvidas diretamente com o clube (torcida), a punição é de suspensão pelo prazo de 120 a 360 dias, além de pagamento de multa, que varia de R$ 100 a R$ 100 mil.

As palavras do árbitro na súmula do jogo

'Informo que aos 18 minutos do 2º tempo paralisei a partida por 2 minutos devido a gritos homofônicos (homofóbicos) da torcida "vamos Corinthians, dessas bich*s teremos que ganhar". Sendo informado no som e no telão do estádio para que os gritos cessassem. Mesmo assim, a torcida continuou gritando efusivamente. E após os gritos cessarem, a partida foi reiniciada. Fato esse comunicado ao delegado da partida e ao chefe do policiamento", relatou Bruno Arleu de Araújo.