Na coletiva após a vitória do Corinthians sobre o Remo, Cuca anunciou sua saída do comando técnico do Timão. Cuca não suportou a pressão externa e interna, que pedia pela sua saída da equipe.

Vale lembrar, que as manifestações contra a contratação de Cuca aconteceram devido ao famoso 'Caso Berna', em que Cuca foi condenado por violência sexual contra pessoa vulnerável, em 1989, na Suiça.

Cuca se despede do Corinthians disputando apenas duas partidas como treinador. Uma derrota para o Goiás e uma vitória contra o Remo, o que deu ao Timão a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil.

Leia o que Cuca disse no seu anúncio de saída:

'Foi quase um massacre'

"Antes desse sonho se realizar, tiveram três, quatro dias muito pesados para mim. De pesadelo. Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Eu estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. E isso acaba levando para os jogadores. Hoje me emocionaram. Estou aqui há cinco dias, mas todos ofertaram para mim. Eu não pedi nada, mas eles sentiram, como ex-atleta que sou, o que estou passando. O que estou passando, e quero ser bem breve, porque não quero ser vítima de nada, é a pior coisa que um homem pode passar. Quando está em xeque a dignidade dele. Quando invade as redes sociais das filhas e mulher com ameaças e ofensas descabidas."

'Fui julgado e punido pela internet'

"Chega um momento em que, sinceramente… Eu vou fazer 60 anos no mês que vem, você pesa o que vale e o que não vale a pena na vida. Neste momento, quero fazer valer a pena minha família, a coisa mais importante que tenho no mundo. Não esperava a avalanche que aconteceu aqui. São coisas já passadas há muito tempo, ressurgidas como se tivessem acontecido hoje. Fui julgado e punido pela internet, entre aspas. Isso tem uma consequência muito grande."

'Agradecer o presidente'

Contratei o Doutor Daniel Bialski, criminalista, a Doutora Bia, que vão fazer todo o trabalho que eu nunca pude fazer. Agora vai ser feito. Quem fala coisas indevidas também, quem julga também pode ser julgado, mas o mais importante é agradecer o presidente. É uma pessoa maravilhosa. Eu conversei com ele, já tinha tomado essa decisão ontem. Ele vive ali dentro, como se fosse mais um, humilde, e eu estava prejudicando ele. A pressão que ele está sofrendo é enorme.

'Não é justo eu continuar no Corinthians'

"Então não é justo deixar eles sofrendo por um problema que é meu. É nisso que foi baseado essa saída minha. Agradecer aos jogadores nesses sete dias que estive aí, me abraçaram, compraram o meu barulho, minhas ideias. Se Deus quiser, volto um dia para poder fazer um trabalho do começo ao fim."