Análise: Derrota do Atlético-MG para o Iquique na Sul-Americana Custou a Liderança e Evidenciou Problemas Defensivos
TL;DR:
- Atlético-MG perdeu por 3 a 2 para o Deportes Iquique, lanterna do Grupo H e do Campeonato Chileno.
- A derrota aconteceu na noite desta quinta-feira (8) no Chile.
- Apesar de ter saído na frente e dominado a posse de bola, o Galo sofreu a virada devido a falhas defensivas.
- O resultado fez o Atlético perder a liderança do Grupo H da Copa Sul-Americana.
- O desempenho da defesa foi considerado desastroso, com desatenção generalizada.
Em uma noite para esquecer no Chile, o Atlético-MG foi surpreendido e derrotado por 3 a 2 pelo Deportes Iquique, equipe que ocupa a última posição tanto no Grupo H da Copa Sul-Americana quanto no Campeonato Chileno. O resultado, conquistado nesta quinta-feira (8), teve um custo alto para o Galo: a perda da liderança da chave na competição continental.
Apesar de ter apresentado estatísticas de jogo superiores, como 22 finalizações e 70% de posse de bola, a equipe mineira não conseguiu traduzir o volume em controle efetivo da partida. O grande calcanhar de Aquiles da noite foi o setor defensivo, que, segundo análises, teve um desempenho desastroso marcado por falhas e desatenção generalizada.
O Roteiro da Virada
O Atlético-MG, atuando com um time considerado alternativo escalado pelo técnico Cuca, até começou bem. A equipe abriu o placar após uma boa jogada originada de pressão pós-perda por Rubens, que tabelou com Igor Gomes antes de finalizar. O gol dava a impressão de que o Galo poderia repetir o placar elástico do jogo de ida, quando venceu por 4 a 0 no Mineirão.
No entanto, o Deportes Iquique reagiu. Ainda no primeiro tempo, o time chileno empatou em uma jogada de bola aérea, com Álvaro Ramos cabeceando sozinho após a saída de Rômulo da marcação. O cenário da partida mudou, e o Atlético, apesar de manter a posse, encontrava dificuldades para agredir o adversário, mostrando falta de peças criativas, com atuações consideradas abaixo do esperado de Igor Gomes e Gustavo Scarpa.
Defesa em Colapso e a Virada Chilena
A etapa final viu o Iquique ganhar confiança, impulsionado pela torcida local. O time chileno se fechou e apostou nos contra-ataques, explorando principalmente o lado esquerdo da defesa atleticana, onde Saravia apresentou displicência na marcação. Foi por ali que nasceu o cruzamento para o gol da virada, novamente marcado por Álvaro Ramos.
Pouco depois, uma nova falha defensiva generalizada permitiu que Orellana cabeceasse no canto, ampliando a vantagem para 3 a 1. O goleiro Everson chegou a pular, mas um pouco atrasado. O Atlético ainda conseguiu diminuir o placar com uma boa jogada individual de Bernard que resultou no gol de Júnior Santos, mas não foi suficiente para evitar a derrota.
Consequências e Perspectivas
Na coletiva pós-jogo, o técnico Cuca assumiu a responsabilidade pelo resultado. Contudo, a análise aponta que a responsabilidade é compartilhada. O desempenho de alguns jogadores deixou a desejar, e a avaliação é que o elenco, apesar de ter nomes de peso, pode não ser profundo o suficiente para disputar todas as competições em alto nível simultaneamente.
A derrota embolou a situação do Grupo H, com o Atlético perdendo a ponta. Agora, restam duas rodadas para o Galo buscar a classificação para o mata-mata da Sul-Americana. Para isso, o clube mineiro terá a obrigação de vencer seus dois próximos compromissos em casa, contra Caracas e Cienciano, para não depender de outros resultados e garantir sua vaga na próxima fase da competição. A inesperada derrota para o lanterna serve como um alerta sobre a necessidade de corrigir urgentemente as falhas defensivas.