A mesma história se repete e vaga na Libertadores periga

O Botafogo estreou na fase preliminar da Libertadores com um empate por 1 a 1 contra o Aurora, da Bolívia. O alvinegro perdeu um pênalti na primeira etapa com Tiquinho Soares, mas abriu o placar logo em seguida com Júnior Santos. Após segurar a pressão durante todo o jogo, a equipe boliviana empatou nos acréscimos com um gol de Darío Torrico.

Das últimas cinco partidas, este foi o quarto gol levado pelo Botafogo nos minutos finais. Evento que continua a se repetir desde o ano passado, quando a equipe perdeu a liderança do Brasileirão, levando gols nos acréscimos de forma seguida em algumas partidas.

Contra o Nova Iguaçu, pelo Campeonato Carioca, no início de fevereiro, o Glorioso vencia até o último minuto quando levou o segundo gol de Carlinhos, e a partida terminou 2 a 2. Dias depois, no clássico contra o Flamengo, Léo Pereira marcou nos acréscimos e decretou a vitória para o Rubro-Negro. Uma semana depois, em outro clássico, desta vez contra o Vasco, o Cruzmaltino marcou o seu quarto gol nos minutos finais. E nesta quarta-feira (22), o Aurora empatou no último minuto, no jogo de ida da fase preliminar da Libertadores. Um gol que pode custar a classificação do time para a fase de grupos.

De quem é a culpa?

Azar ou desatenção? Um pouco dos dois. Após a derrota contra o Flamengo há duas semanas, o técnico Tiago Nunes admitiu que falta atenção e concentração para os jogadores ao fim das partidas. Mas porque isto vem acontecendo corriqueiramente?

O principal elemento para se levar em conta é o lado psicológico dos atletas. Com um trauma tão grande como a perda do título brasileiro de 2023 - que já estava praticamente dado como ganho -, os jogadores alvinegros remanescentes parecem que ainda não conseguiram desassociar o fracasso do último ano, com o início da atual temporada.

Outro elemento que também não pode se pode descartar, tem relação com o lado tático e técnico do jogo. Os erros defensivos do Botafogo se repetem partida após partida. Ou seja, não se pode atribuir somente ao lado psicológico dos atletas, algo que acontece dentro das quatro linhas e pode ser aprimorado através de treinamento. Com uma defesa frágil, mal posicionada e displicente, logicamente a chance de levar um gol nos minutos finais aumenta.

Algo precisa ser revisto no Botafogo, na esfera técnica e também psicológica. Caso contrário, a temporada pode ser jogada fora apenas neste início de ano.