Poupar jogador?

O treinador do Palmeiras vinha surpreendendo o seu torcedor ao adotar uma estratégia de não poupar jogadores em nenhum campeonato disputado.

Desde quando chegou ao Verdão, este é o ano em que Abel menos mexe na equipe titular do Palmeiras. No entanto, o maior questionamento era: até quando os jogadores iriam suportar uma sequência tão grande de jogos? E qual campeonato o treinador iria utilizar para poupar seus atletas?

A resposta para todas essas perguntas veio na rodada deste fim de semana.

O Palmeiras entrou em campo para a partida contra o Athletico-PR com 9 alterações (a maioria deles, garotos criados na base). Apenas Wéverton, Gómez e Murilo foram os 'habituais titulares' que iniciaram o jogo.

A atitude de Abel Ferreira, para alguns, levou em conta apenas o preparo para o jogo de quarta-feira contra o São Paulo pela Copa do Brasil.

No entanto, sua escolha de poupar quase o time todo para o jogo contra o Athletico, passou um recado bastante claro para o restante da temporada. O Brasileirão não será prioridade.

Prioridades

Assim como em 2020 e 2021, onde o Palmeiras venceu a Libertadores por duas vezes seguida e a Copa do Brasil, Abel irá deixar o Brasileirão, este ano, como segundo plano, para priorizar as copas.

A decisão de Abel passa muito pelo resultado da penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. Onde o Palmeiras saiu derrotado em casa pelo Botafogo, e viu sua distância para o líder aumentar.

Hoje, após o empate contra o Athletico-PR, essa distancia é de 10 pontos.

Sabendo que uma reviravolta no campeonato de pontos corridos é pouco provável e exigirá bastante do lado físico da sua equipe, a tendência é que sempre que o Palmeiras tenha uma agenda muito apertada, com um jogo importante pela Libertadores ou Copa do Brasil, os principais jogadores sejam poupados no Brasileirão.

A estratégia de Abel e comissão técnica, como já mencionado, deu certo em anos anteriores. Em 2022, quando fez o contrário e resolveu priorizar o Brasileiro, foi campeão do campeonato nacional.

Por isto, apesar da atitude do treinador ser questionável, seu histórico mostra que priorizar um dos dois (as copas ou o campeonato) pode produzir bons resultados e conquistas no fim do ano.