O trabalho de Dorival no São Paulo

Dorival Júnior chegou ao São Paulo no fim de abril para substituir o ídolo do clube, Rogério Ceni. Nas 12 primeiras partidas no comando da equipe, Dorival venceu 8 e empatou as outras 4.

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Jogadores do São Paulo comemorando a classificação pela Copa do Brasil. (Icon Sport)

No entanto, nos últimos dois jogos, saiu vencendo mas levou a virada. Primeiro contra o Sport pela Copa do Brasil (mesmo perdendo, se classificou nos pênaltis) e depois contra o Grêmio pelo Brasileirão no último domingo (4). O que abriu novamente a discussão sobre as reais pretensões do Tricolor para este ano.

É unânime a opinião de que o elenco do São Paulo não está no primeiro escalão do futebol brasileiro. Rogério Ceni fazia questão de deixar sempre isto muito claro, principalmente depois de resultados negativos.

Dorival mantém uma postura mais cautelosa quanto a isso, mas não deixa de solicitar novos reforços. Marinho é um deles e pode chegar vindo do Flamengo, caso aceite diminuir seu salário.

Em poucos meses no comando, o trabalho de Dorival é notável. O treinador conseguiu fazer algo que Ceni não foi capaz: encontrar um time (ou boa parte dele) titular.

Rafael, Arboleda, Beraldo, Pablo Maia e Calleri são alguns dos homens de confiança do técnico, que serviram para montar uma base para a equipe que ficou 12 jogos sem perder no seu comando.

Erros a corrigir

Contudo, as duas derrotas nos dois últimos jogos, evidenciaram algumas falhas do time paulista, que podem repercutir ao decorrer da temporada, caso não sejam ajustadas.

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Dorival Júnior contra o Grêmio. (Icon Sport)

A deficiência nas jogadas aéreas (principalmente através da bola parada) é evidente. Na derrota para o Sport pela Copa do Brasil, dos três gols sofridos pelo Tricolor, todos foram através da bola aérea. Um problema recorrente da defesa paulista desde Rogério Ceni.

Outro problema que preocupa o torcedor Tricolor, é a displicência do setor de marcação (ou falta de intensidade). Dificuldade também herdada do ciclo anterior. Contra o Grêmio, no gol de virada, a apatia do setor defensivo do São Paulo impressionou (negativamente).

Já que o elenco não é um primor, Dorival precisará corrigir de maneira urgente estas falhas, para sonhar em brigar por algo durante esta temporada.

Dessa forma, baseado na qualidade técnica da equipe, na experiência do treinador (que é boa), no entrosamento tático dos jogadores, e nas falhas herdadas do comando anterior, a meta do Tricolor durante este ano não pode ser muito alta, para evitar que a queda seja também muito grande.

A luta por uma vaga da Libertadores do próximo ano e quem sabe chegar à final da Copa Sul-Americana, parece ser a expectativa mais realista para Dorival e os seus comandados.