O Campeonato Italiano já figurou como a melhor liga de futebol do mundo. No início do Século XXI, por exemplo, grandes craques como Kaká, Ronaldo, Cafu, Zanetti, Cambiasso, Figo, Rui Costa, entre tantos outros, brilharam no 'país da bota'. O que todos tinham em comum? Além de excelente jogadores, eram todos estrangeiros.

Diferente daquela época, atualmente, o futebol italiano carece de atletas (locais e também estrangeiros) de grande nível, o que reduz a competitividade do futebol no país e também a projeção de clubes italianos no cenário europeu. E para piorar, a tendência é que esta situação se agrave ainda mais com a recente queda da 'lei Beckham' no país; entenda.

Fim da 'lei Beckham'

Segundo a imprensa italiana, o governo do país tomou uma decisão que impactará o futuro do futebol praticado no território: o fim do Decreto Crescita (mais conhecido como 'lei Beckham'). O parecer foi dado pelo Conselho de Ministros do atual governo e será aplicado a partir da próxima temporada em todo o futebol do país.

Mas o que é o decreto e como o seu fim pode impactar o esporte? A 'lei Beckham' é um decreto no qual concede aos clubes o direito de uma redução de 50% nos impostos sobre os salários dos jogadores estrangeiros que atuam no país.

Com o seu fim, a tendência é que o futebol italiano - que já não atrai a mesma atenção que antes, dos grandes jogadores do futebol mundial - sofra com a perda do interesse financeiro de atletas estrangeiros em atuarem no país. O que, sem dúvida, pode acarretar na redução de competitividade das equipes italianas, tendo em vista o quão globalizado o futebol se tornou nas últimas décadas.

Em nota, a Liga Italiana (Série A) já comunicou a sua preocupação com a queda do decreto, afirmando que esta decisão irá provocar uma diminuição da receita e recursos das equipes italianas, além da redução da completividade dos clubes, já mencionada anteriormente.