O clássico alvinegro entre Santos e Corinthians é um dos maiores do país em termos de história. Uma vez que as duas equipes passam por uma má fase, ambas as torcidas encaravam o confronto como uma espécie de jogo insólito.

Dessa forma, uma derrota no clássico pelo Brasileirão, poderia criar um clima de tensão entre torcida e equipe, indepentende do time que perdesse.

E foi o que aconteceu. Antes mesmo do apito final, quando o jogo se encaminhava para o fim com uma derrota do Santos por 2 a 0, a torcida do Peixe iniciou o protesto contra os jogadores e comissão técnica.

Gritos contra o elenco e o treinador Odair Hellmann começaram a ser proferidos. Fogos de artifício, bombas e objetos foram arremessados no gramado do estádio.

Como resultado, uma grande fumaça invadiu o lado esquerdo do campo. Os jogadores foram obrigados a aguardar no centro do gramado e o árbitro deu a partida como encerrada.

Acuados, o elenco do Santos estava impedido de voltar para o vestiário, já que a concentração dos torcedores que lançavam as bombas e objetos em campo, estava ao lado do túnel de acesso.

Depois de algum tempo de tensão, jogadores e comissão, foram escoltados pela polícia e conseguiram chegar ao vestiário.

O 'clima de guerra' continuou fora do estádio e torcedores do time e a polícia entraram em confronto.

Logo depois, o procurador-geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Ronaldo Piacente, afirmou que deve entrar com um pedido de interdição da Vila Belmiro ou que o Santos passe a jogar com os portões fechados nas próximas partidas.