O Rio Grande do Sul vive a sua pior tragédia da história, com o desastre climático causado pelas enchentes, que afetaram milhares de pessoas no estado. Tal fato, coloca em cheque a continuidade do Brasileirão 2024 (em todas as suas divisões), que, por enquanto, continua em andamento. Mas existe o risco dele ser paralisado? Respondemos abaixo.

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Estádio Beira-Rio após as cheias no Rio Grande do Sul. (Reprodução/X)

Clubes e jogadores pressionam paralisação do Brasileirão

Os clubes que representam o estado do Rio Grande do Sul na primeira divisão do Brasileirão (Internacional, Grêmio e Juventude) estão, neste momento, exercendo uma forte pressão sobre a CBF, para que o Brasileirão pare. Além do adiamento das partidas que envolvem as equipes gaúchas de todas as divisões (algo que já foi feito pela entidade que regula o futebol no país até o dia 27 de maio), esses três clubes pedem também a interrupção total do torneio.

Além dessas agremiações, alguns personagens do esporte, como o jogador do Santos, Giuliano, que já atuou em equipes do Rio Grande do Sul, também se manifestaram em prol de uma paralisação. 

“Qual o preço de uma vida? Será que um gol paga o preço de uma vida? Estádio cheio e as outras pessoas sofrendo. Até que ponto vale você não parar o futebol e deixar as pessoas sofrerem? Acho que é um momento de reflexão para o futebol brasileiro, de que temos que ser solidários. O futebol está em segundo plano. Temos que amar as pessoas, o ser humano. Não sei se a federação, os jogadores, os clubes… Mas acho muito válida uma parada. Não apenas para treinamento, mas para uma reconstrução psicológica dos jogadores, das pessoas que sofreram com isso até que a gente tenha condições de voltar com o campeonato“, disse o jogador ao programa Boleiragem, do Sportv.

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Giuliano (Icon Sport)

A resposta da CBF

No entanto, apesar da pressão por parte de alguns clubes, atletas e inclusive um fragmento da imprensa esportiva, pelo que tudo indica, a CBF não dará nenhum tipo de sinal positivo ao pedido de suspensão do Campeonato Brasileiro.

Na nota oficial emitida pela entidade, comunicando o adiamento das partidas que envolvem as equipes gaúchas, a CBF, nem sequer cogitou a possibilidade de paralisar o campeonato na sua totalidade. E a tendência, mesmo com um eventual crescimento da pressão por parte dos clubes, é que a entidade continue a agir dessa forma, mantendo o calendário como o previsto.