O Peru passa por uma situação delicada após o surto da síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica que acaba afetando os sistemas imunológico e nervoso periférico. Os sintomas incluem fraqueza e formigamento nos pés e nas pernas que podem se estender para a parte superior do corpo entre duas à quatro semanas.
Tendo em vista este atual contexto do país, o técnico Vanderlei Luxemburgo, se manifestou essa semana, questionando os perigos de disputar a segunda partida dos playoffs contra o Universitario, em Lima, no Peru.
"É um problema muito sério. Não queremos deixar de jogar no Peru, mas esse momento requer responsabilidade, para gente não correr risco. Por que não muda de local para um país que não tem problema nenhum? Isso é muito sério. Tem que acontecer uma morte para as pessoas que comandam o futebol terem responsabilidade? Eu tenho que ir lá me expor? Expor a equipe? Não é só violência, tem muitas decisões que não são tomadas com coerência. Não só se preocupar com datas e parte financeira. Aqui não tem nada a ver com o país, ele é belíssimo. Mas é um surto, problema sério," disse Luxemburgo.
Conmebol se manifesta
Após o Corinthians demonstrar a sua insatisfação em jogar no Peru o jogo de volta do confronto, que acontece na próxima terça-feira (18), a Conmebol deu o seu parecer sobre o caso.
Segundo o site Lance!, a entidade que regulamenta o futebol sul-americano, resolveu manter o jogo no mesmo local, uma vez que a cidade de Lima concentra um número tão grande de infectados. Além disso, apesar do governo do país ter decretado estado de emergência, as atividades esportivas foram autorizadas.
Assim, a partida pela Copa Sul-Americana está confirmada para ser realizada no Estádio Monumental de Lima, apesar da preocupação por parte da delegação corinthiana.
Vale pontuar que a síndrome de Guillain-Barré é uma doença não transmissível, mas ocorre em decorrência de infecção bacteriana ou viral aguda.